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Florencia Núñez: a voz premiada pelo Graffiti que a Uruguay XXI projeta no Brasil
A artista uruguaia foi eleita Solista Feminina do Ano e a Uruguay XXI acompanhará sua trajetória internacional, em uma política que une música, igualdade de gênero e internacionalização
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Na noite do Prêmio Graffiti 2025, a música uruguaia viveu sua grande celebração. Entre aplausos, luzes e guitarras, a Uruguay XXI — agência de promoção de investimentos, exportações e imagem do país — subiu ao palco para entregar o prêmio de Solista Feminina do Ano, reafirmando com esse gesto uma política que combina talento, equidade e projeção internacional.
“Há quase dez anos apoiamos a internacionalização das indústrias criativas do nosso país, e a música é uma das mais potentes”, disse a diretora executiva da agência, Mariana Ferreira.
A Uruguay XXI, que trabalha pela inserção internacional dos setores criativos, coorganiza com o Prêmio Graffiti duas ações centrais: uma playlist no Spotify com as 50 músicas indicadas, para ampliar a presença da música uruguaia no exterior, e o apoio à categoria Solista Feminina do Ano, que inclui, dentro de sua política de gênero, o respaldo institucional e logístico para que a artista premiada se apresente fora do país.
“Somente dois em cada dez shows de grande porte na América Latina contam com artistas ou bandas formadas por mulheres. É muito pouco”, ressaltou Ferreira. “Por isso, vamos apoiar todas as iniciativas que promovam uma maior presença de mulheres na música e incentivem a exportação de seus trabalhos”, completou.
Do palco, a especialista em Indústrias Criativas da agência, Omaira Rodríguez, ampliou o sentido desse gesto:
“No ano passado, fomos com Flor Sakeo a Santiago do Chile; este ano, iremos conquistar o Brasil com a artista premiada nesta categoria. A apresentação será no SESC São Paulo, um espaço que já recebeu diversos músicos uruguaios que começaram ali sua trajetória internacional.”
“Queremos agradecer a todas as indicadas por fazerem suas vozes serem ouvidas e por nos lembrarem o quanto a música melhora quando há mais mulheres na indústria”, disse Rodríguez, emocionada — uma fala recebida com um aplauso caloroso e prolongado da plateia.
Segundos depois, veio o anúncio que acendeu o entusiasmo do público:
“A Solista Feminina do Ano é... Florencia Núñez!”

Uma artista que faz o mundo escutar
Nascida em Rocha, no leste do Uruguai, Florencia Núñez construiu uma trajetória singular, em que o pop, o folk e a canção de autor dialogam com uma sensibilidade própria.
Com seu álbum Fe, lançado no fim de 2024, obteve oito indicações no Graffiti e levou cinco estatuetas, entre elas Solista Feminina do Ano, Melhor Álbum Pop, Música do Ano e Compositora do Ano.
O disco marca seu retorno aos estúdios após quatro anos e celebra a introspecção e a esperança, com participações de Jorge Drexler, Laura Canoura e Raly Barrionuevo.
Em suas letras e sons há uma síntese entre identidade local e ambição global — a mesma que agora se traduz em sua nova fase internacional, com o apoio da Uruguay XXI.
“O fato de eu estar aqui, receber o prêmio, ser meu rosto na foto, não significa que não seja um trabalho supercoletivo”, disse no palco. “Ser solista é ótimo quando você tem o apoio das pessoas que ama e que te amam também”, completou, sob aplausos.
Depois de agradecer à sua banda, aos produtores e ao arranjador Luciano Supervielle, deixou uma frase que ecoou como manifesto:
“Sendo mulher, talvez seja preciso se esforçar um pouco mais. Mas não se deve desistir, porque é a única maneira de continuar.”
Em entrevista à Uruguay XXI, Núñez explicou como o prêmio se converte em impulso real:
“O Brasil era um território que queríamos muito desenvolver de forma constante. Esse impulso era um objetivo e chega em um momento oportuno.”
Ela contou que esse salto coincide com uma fase de transição em sua carreira — com novas parcerias e gestão — e que o apoio institucional ajuda a acelerar processos que, de outro modo, exigiriam anos de esforço individual.
“Espero que, com o tempo, essas oportunidades se tornem naturais para todas”, refletiu. “Hoje ainda é preciso contar com esse tipo de apoio para mover estruturas que pesam sobre as artistas mulheres.”
Para Núñez, o desafio não se limita a viajar ou abrir mercados: é tornar visível a criação feminina em circuitos onde a presença das mulheres ainda é reduzida.
“Os números mostram: ainda há menos projetos femininos nos grandes palcos. É por isso que esses apoios são tão importantes — porque ajudam essa representatividade a crescer e se tornar parte do cotidiano”, avaliou.

Uma política que se consolida
O apoio da Uruguay XXI ao prêmio Solista Feminina faz parte de uma política contínua.
Em 2024, a vencedora Flor Sakeo foi acompanhada pela agência em uma de suas primeiras apresentações internacionais — um show na feira literária La Furia del Libro, em Santiago do Chile —, onde sua canção Canción para los planetas foi escolhida como tema oficial do evento.
Aquela experiência marcou o início de uma linha de ação com perspectiva de gênero na música, que agora se fortalece com Florencia Núñez.
O novo acordo com o SESC São Paulo prevê a apresentação da vencedora no Brasil em 2026, consolidando uma aliança entre os dois países em torno da igualdade e da circulação cultural.
“É uma grande honra colaborar com o Uruguai, especialmente no fortalecimento da equidade de gênero no campo musical”, declarou Heloisa Pisani, gerente de Relações Internacionais do SESC São Paulo, no acordo assinado com a Uruguay XXI.

Exportar talento também é política pública
A internacionalização da música uruguaia integra uma estratégia mais ampla da Uruguay XXI para promover as indústrias criativas como setor exportador.
A agência trabalha em conjunto com o Prêmio Graffiti — referência central da cena musical uruguaia, com mais de 20 anos de trajetória — para vincular a excelência artística a ferramentas concretas de promoção internacional: difusão digital, presença em feiras e showcases e articulação entre os setores público e privado.
“Todos os encontros que realizamos no exterior são também uma oportunidade espetacular para apresentar os artistas uruguaios”, destacou Mariana Ferreira.
O objetivo é não apenas mostrar a qualidade musical do país, mas também abrir espaços para que as criadoras possam projetar suas carreiras além das fronteiras.
Com Flor Sakeo no Chile e Florencia Núñez a caminho do Brasil, a Uruguay XXI consolida uma política que não apenas apoia artistas, mas constrói futuro.
Do palco do Graffiti aos auditórios internacionais, as criadoras uruguaias começam a ocupar o lugar que lhes corresponde — com sua música como cartão de visita e o respaldo institucional que as impulsiona a cruzar novas fronteiras.