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O Uruguai apresentou resultados positivos da Expo Osaka 2025 e anunciou sua presença na Expo Riade 2030
As autoridades destacaram o impacto diplomático, econômico e cultural da participação no Japão, que atingiu 3,8 milhões de visitantes e consolidou a estratégia do país na Ásia
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Em uma conferência que reuniu autoridades governamentais, representantes do setor privado e atores estratégicos da política externa, o Ministério das Relações Exteriores e a Uruguay XXI apresentaram os resultados de sua participação na Expo Universal Osaka 2025, um projeto que consolidou a visibilidade do país na Ásia e fortaleceu os laços bilaterais em comércio, investimentos, cultura e diplomacia pública.
A apresentação ficou a cargo do ministro das Relações Exteriores, Mario Lubetkin; do comissário do Uruguai para a Expo Osaka 2025, Benjamín Liberoff; e da diretora executiva da Uruguay XXI, Mariana Ferreira, que destacaram o alcance de uma estratégia integral desenvolvida durante mais de dois anos de trabalho interinstitucional.
Também discursaram o ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca, Alfredo Fratti, a subsecretária de Turismo, Ana Claudia Caram, o vice-diretor da Uruguay XXI, Martín Mercado, e a gerente da Marca País, Larissa Perdomo. Ao longo do encontro, foram também revisados os principais marcos da participação uruguaia, que incluiu tanto a agenda oficial em Osaka quanto reuniões paralelas em Tóquio, encontros com empresas, organismos multilaterais e autoridades japonesas.
Participaram representantes da Embaixada do Japão no Uruguai, do PNUD e patrocinadores que apoiaram o Uruguai durante sua participação na Expo.
O ministro das Relações Exteriores destacou o sucesso da Expo Osaka 2025 e atribuiu-o ao esforço conjunto do setor público, privado, instituições, organizações internacionais e da comunidade uruguaia no Japão. “Construímos juntos esse resultado. Era imprescindível refletir sobre o que foi feito, porque esses processos não se esgotam em um evento, eles continuam, projetam e fortalecem o país”, afirmou.
Ele também ressaltou a relevância estratégica da presença uruguaia na Ásia. “É uma região dinâmica e decisiva para o nosso futuro. O Uruguai encontrou ali uma oportunidade extraordinária para afirmar sua identidade, sua liderança agroalimentar e a profundidade de suas relações com um parceiro com mais de cem anos de história compartilhada”, completou.
“O que construímos em Osaka foi um verdadeiro modelo de articulação público-privada. Não foi fácil, mas foi bem-sucedido: ministros, parlamentares, empresas, prefeituras e órgãos trabalharam com o mesmo espírito. Esse modelo continuará nos guiando, porque a Expo não é um fato isolado: é um processo contínuo e um poderoso instrumento de promoção do país”, afirmou.
De acordo com Ferreira, “essa experiência mostrou mais uma vez que o Uruguai é um país estável, democrático e de diálogo. O trabalho realizado nas Exposições Universais transcende os governos e os partidos políticos, é um esforço coletivo que projeta o país além dos ciclos”. Mercado acrescentou que “trabalhar em um dos lugares geograficamente mais distantes do mundo para o Uruguai foi um enorme desafio, mas também uma oportunidade: conseguimos posicionar nossos produtos e nossa identidade graças a um esforço coordenado”.
O evento também serviu para anunciar a presença do Uruguai na próxima Exposição Universal, Expo Riade 2030, um cenário que o país considera fundamental para aprofundar sua presença na região do Golfo, um mercado de forte dinamismo econômico e crescente demanda por alimentos, tecnologia e inovação. Nessa linha, as autoridades destacaram que o “modelo Osaka” se projeta agora como uma ferramenta para trabalhar de forma antecipada e sustentada em direção a novos cenários internacionais.
Uma vitrine global para o país
Entre abril e outubro de 2025, o Uruguai apresentou em Osaka uma proposta baseada em inovação, sustentabilidade e qualidade, alinhada com os subtemas oficiais da exposição global: Saving Lives, Connecting Lives e Empowering Lives.
O pavilhão nacional recebeu 3.882.800 visitantes, com uma média de 22.000 pessoas por dia. O número supera a população total do Uruguai e posiciona a participação uruguaia como a mais concorrida da América Latina, de acordo com informações fornecidas pela gerente da Marca País, Larissa Perdomo.
A estratégia incluiu mais de 150 apresentações audiovisuais, uma exposição permanente de arte contemporânea, ativações temáticas — como as comemorações do Dia dos Direitos Humanos, o Maracanazo ou a homenagem a Carlos Gardel — e a presença de setores-chave: carne bovina e ovina, vinhos, lã, videogames, audiovisual, inovação digital, logística, turismo e educação.
O pavilhão recebeu a visita de autoridades internacionais de alto nível, entre elas Sua Alteza Imperial a Princesa Takamado do Japão, chefes de Estado e representantes oficiais de mais de vinte países, o que reforçou a projeção diplomática do país.
Em 17 de junho, foi comemorado o Dia Nacional do Uruguai, que contou com a presença de uma delegação público-privada liderada pelo ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca, Alfredo Fratti. A cerimônia oficial e o espetáculo artístico liderado por Hugo Fattoruso reuniram mais de 450 pessoas, entre elas altas autoridades japonesas, representantes do Bureau International des Expositions (BIE) e delegações de vários países. O dia incluiu reuniões com o governo japonês, seminários empresariais em conjunto com a JETRO e atividades de promoção da carne e dos vinhos uruguaios, com mais de 100 convidados internacionais. A apresentação de Fattoruso e Cuareim 1080 também teve repercussão na mídia japonesa e europeia, reforçando a dimensão cultural do país perante o público internacional.
Resultados diplomáticos e econômicos
A missão permitiu avançar nas habilitações sanitárias para produtos agropecuários, aprofundar a cooperação em energias limpas, logística e transporte ferroviário, e gerar novas oportunidades de negócios para empresas exportadoras e instituições nacionais. Nesse contexto, o Uruguai conseguiu estabelecer mais de 370 contatos qualificados com empresas japonesas, organismos internacionais e delegações de mais de quarenta países, o que ampliou substancialmente a base de interlocutores estratégicos na região.
Além disso, foram registrados avanços concretos em matéria de acesso sanitário, especialmente em relação à carne ovina desossada e à língua ovina, duas solicitações históricas que continuam seu processo técnico perante as autoridades japonesas. Outro resultado relevante foi a assinatura de um Memorando de Entendimento com a agência Spirit Slovenia, destinado a promover novas instâncias de cooperação, comércio e investimentos entre os dois países.
Paralelamente, foram fortalecidos os laços com organismos como JICA, BID, ALIC, MOFA e o Porto de Osaka, com os quais foi desenvolvida uma agenda de trabalho voltada para áreas-chave para o Uruguai, como logística portuária, infraestrutura, inovação aplicada e desenvolvimento produtivo. A isso se somou a participação em mais de 70 cerimônias de Dias Nacionais de outros países, o que permitiu ampliar a presença institucional uruguaia na Expo e fortalecer redes diplomáticas emergentes.
“A experiência demonstrou que o Uruguai tem uma enorme capacidade de refletir o que ocorre no país e compartilhá-lo com o mundo. Desde homenagens culturais até conteúdos públicos traduzidos para o japonês, construímos uma presença que dialogou com a sociedade japonesa e que abre um caminho de trabalho para futuras exposições”, concluiu o comissário do Uruguai, Benjamín Liberoff.
Uma plataforma para o futuro
A conferência foi encerrada com uma avaliação positiva do projeto, com resultados que permitem projetar novas missões comerciais, reforçar a presença do Uruguai na Ásia e consolidar a marca do país em um mercado estratégico como o Japão.
O Uruguai enfrenta agora a etapa de capitalização desses vínculos, com foco em investimentos, turismo, inovação e abertura de novos setores ao mercado japonês. A experiência de Osaka confirmou a capacidade do país de se projetar como um parceiro confiável, inovador e sustentável perante audiências globais e marcou um caminho de trabalho que se estenderá até a próxima Exposição Universal em Riade 2030.