O Uruguai consolida-se como centro regional de serviços de arquitetura e engenharia

O país promove o talento, a inovação e a sustentabilidade como pilares de sua oferta de exportação no setor AEC
Data de publicação: 31/07/2025
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O Uruguai consolida sua posição como plataforma confiável para a exportação de serviços de arquitetura, engenharia e construção (AEC, na sigla em inglês), destacando-se por seu talento altamente qualificado, sua sólida infraestrutura tecnológica, seus benefícios fiscais e um compromisso sustentado com a sustentabilidade.

Trinta e nove por cento das empresas do setor exportaram serviços nos últimos dois anos, revela o Relatório do setor de Arquitetura, Engenharia e Construção (2024), elaborado pela PwC.

Esse crescimento foi acompanhado pela intensa incorporação de tecnologia, especialmente de metodologias como o Building Information Modeling (BIM), em cujo desenvolvimento o Uruguai se tornou referência regional. Essa transformação foi impulsionada pelo Comitê Nacional BIM — integrado por órgãos públicos e referências do setor — e pelo BIM Forum Uruguay, que promovem padrões comuns e fomentam o trabalho colaborativo em toda a cadeia de valor.

Em dois novos Casos de Negócios setoriais, elaborados pela Uruguay XXI, destaca-se que 100% das empresas exportadoras trabalham em inglês e que mais de 21.000 pessoas têm formação superior relacionada ao setor, entre elas 6.609 arquitetos e 5.700 engenheiros. Além disso, 82% dos profissionais universitários falam inglês e 43% português, o que facilita os vínculos com os mercados internacionais.

Vanguarda e tradição em equilíbrio

O Uruguai combina uma sólida tradição acadêmica e profissional, com mais de cem anos de história institucional, com uma aposta constante na inovação. O legado de arquitetos como Julio Vilamajó, Rafael Viñoly, Eladio Dieste e Román Fresnedo Siri, cujas obras transcendem fronteiras, foi continuado por novas gerações comprometidas com o design sustentável e a eficiência energética.

Casos atuais como o projeto The Edge — desenvolvido pelo escritório uruguaio Ponce de León Arquitectos em conjunto com a empresa londrina Foster + Partners — ou Médano El Pinar, último projeto desenhado pelo falecido arquiteto Rafael Viñoly, consolidam essa vocação pela excelência. A internacionalização também alcançou marcos como a participação da empresa Enginlabs no maior túnel submerso do mundo, entre a Alemanha e a Dinamarca, ou da Ingenium no trem de alta velocidade HS2, no Reino Unido.

Uma indústria estratégica com projeção regional

A construção representa um dos pilares econômicos do Uruguai, com uma participação de 8% no PIB e mais de 120.000 pessoas empregadas em todo o país, incluindo operários, técnicos especializados e pessoal profissional e administrativo. Este peso traduz-se num investimento anual que ultrapassa os 3,7 mil milhões de dólares, 60% do total investido na economia nacional. Através de uma sólida articulação público-privada liderada pela Câmara da Construção do Uruguai (CCU), o setor fortaleceu a sua institucionalidade, promoveu a adoção tecnológica e consolidou uma cultura empresarial orientada para a eficiência e a inovação.

Construção verde: mais do que uma tendência

O compromisso do país com a sustentabilidade se reflete na proliferação de projetos com certificações ambientais como LEED, EDGE e a certificação nacional Certificación Más. Edifícios como Alma Et, Celebra ou Carrasco Valley se destacam por incorporar padrões internacionais de eficiência energética e design responsável. O Uruguai também conta com seu próprio Conselho de Construção Sustentável (UYGBC), que promove a redução de emissões e o uso eficiente de recursos.

Além do uso generalizado de padrões internacionais como LEED e EDGE, o Uruguai incorporou novas tendências de construção, como a construção em madeira, apoiada por um roteiro nacional e a instalação da primeira fábrica de CLT (madeira laminada cruzada) na América do Sul. Projetos como o Museu de Arte Contemporânea Americana (MACA), projetado pelo renomado arquiteto uruguaio Carlos Ott, ou o edifício corporativo Arboleda, projetado pelo escritório Dovat Arquitectos, refletem essa transição para soluções de menor impacto ambiental, alinhadas com critérios de eficiência energética, bem-estar interior e economia circular. Essa evolução reforça o posicionamento do país como referência regional em construção sustentável.

O Uruguai oferece ainda um ambiente favorável: estabilidade política, jurídica e social, respeito ao Estado de Direito, liderança regional em democracia e baixa percepção de corrupção. O país acumula 13 anos com grau de investimento e se posiciona como exportador líquido de serviços globais, entre eles arquitetura e engenharia, com incentivos fiscais, livre circulação de capitais e zonas francas competitivas.

O Uruguai oferece uma proposta de valor robusta para empresas que buscam expandir suas operações na América Latina, combinando talento, infraestrutura tecnológica e condições macroeconômicas confiáveis, conclui o business case.

Acesse o Business Case do Setor de Arquitetura e Engenharia aqui (Documento em inglês)

Acesse o Business Case do Setor de Construção aqui (Documento em inglês)


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