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“O Uruguai tem condições para se tornar um ecossistema vibrante de startups”
No Primeiro Fórum de Capital Privado, investidores internacionais destacaram a estabilidade e a cultura de confiança do país como bases únicas para um crescimento inovador na América Latina
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O Primeiro Fórum de Capital Privado do Uruguai marcou um ponto de inflexão para o ecossistema empreendedor nacional. Organizado pela Uruguay XXI, Urucap e Agência Nacional de Pesquisa e Inovação (ANII), o encontro reuniu fundos de investimento, empreendedores, investidores e autoridades em um dia dedicado a fortalecer a articulação entre capital e inovação.
Ao longo dos painéis sobre capital de risco, private equity, angel investing e M&A, o consenso foi que o investimento é a alavanca do crescimento e de uma economia mais sofisticada. Entre os especialistas internacionais convidados, Shawn Flynn (Silicon Valley Highpoint Capital) e Paul Ahlstrom (Alta Ventures México) ofereceram visões complementares que colocaram o Uruguai no mapa global com otimismo.
“Fiquei surpreso com a estabilidade, a confiança e a energia empreendedora”
Para Shawn Flynn, fundador da SVH Capital, sua visita a Montevidéu foi uma agradável surpresa.
“É minha primeira vez no Uruguai e, na verdade, a segunda vez que venho à América do Sul. Nestes dias, conheci pessoas incríveis, caminhei pela costa, apreciei a comida local e, acima de tudo, compreendi a confiança que existe entre as pessoas e o espírito empreendedor que se respira”, afirmou.
Flynn valorizou a estabilidade do país como um diferencial na região. “Sente-se que o Uruguai é um país estável, com oportunidades, favorável aos negócios e com uma comunidade muito unida. Em um ecossistema empreendedor, isso é fundamental, porque grande parte do sucesso se baseia na confiança e em saber que aqueles que estão ao seu redor trabalharão com você para alcançar o mesmo objetivo”, afirmou.
Durante sua estadia, o investidor californiano percebeu um ambiente propício para o crescimento de setores como fintech, criptomoedas, agritech e logística. “Muitas pessoas me falaram sobre os desenvolvimentos em fintech, o que está acontecendo com as criptomoedas e o interesse que essa indústria gera. Também mencionaram a agricultura tecnológica e a logística. Mas fintech foi o tema que mais ouvi, e acho fascinante ver um ecossistema que já está pensando no futuro digital”, destacou.
Para Flynn, o Uruguai combina condições únicas: estabilidade, talento, segurança e proximidade com grandes mercados. “Quando você tem uma economia sólida, um governo que apoia, infraestrutura desenvolvida e mercados vizinhos enormes, só falta que mais pessoas se animem a executar ideias e assumir desafios. Todo o resto já está aqui”, afirmou. E acrescentou com entusiasmo: “é preciso vir, caminhar pela cidade, conversar com as pessoas. Depois de experimentar o Uruguai, você entende tudo o que ele tem a oferecer”.
“O Uruguai não precisa buscar soluções fora: tem o talento e a estrutura para crescer a partir de dentro.”
Também foi a primeira visita ao país para Paul Ahlstrom, sócio fundador da Alta Ventures, que há mais de 30 anos impulsiona fundos de investimento e ecossistemas de startups na América Latina.
“Eu sabia que o Uruguai tem cerca de 3,5 milhões de habitantes, semelhante ao estado de Utah, de onde eu venho, e que conta com um unicórnio tecnológico e um ecossistema em crescimento. O que confirmei é que o nível técnico dos engenheiros uruguaios é altíssimo, em alguns casos de nível mundial”, afirmou.
Ahlstrom destacou que o Uruguai reúne condições que são fundamentais para a inovação: talento qualificado, alta confiança social, segurança, boa qualidade de vida e um marco institucional sólido.
“O Uruguai tem um ambiente que poderia se tornar um cenário extraordinário para um ecossistema vibrante de startups. Possui capital humano, infraestrutura tecnológica, regras claras e um clima favorável. Tudo isso constitui uma base formidável para atrair projetos e talentos globais”, afirmou.
O investidor destacou que o país conta com empresas tecnológicas que já trabalham com os Estados Unidos e lidam com tecnologias de ponta, como inteligência artificial e modelos de linguagem. “São capacidades muito sofisticadas e com grande projeção. O Uruguai tem a possibilidade de crescer e construir grandes empresas a partir desse conhecimento”, expressou.
Ahlstrom também destacou o papel articulador do setor público. “O apoio institucional e as alianças entre o governo e os fundos privados são essenciais para acelerar o amadurecimento do ecossistema. O Uruguai tem todas as peças para conseguir isso”, assegurou.
Questionado sobre o papel do país na região, ele refletiu: “O Uruguai não precisa buscar soluções fora. Tem o talento interno para gerar as mudanças necessárias. O importante é continuar acreditando em seu povo, em seus empreendedores, e fortalecer as alianças com outros países que contribuam com liderança e visão complementar”.
Por fim, resumiu sua visão de longo prazo com uma metáfora inspiradora: “O desenvolvimento de um ecossistema é um processo em etapas. O Uruguai já atraiu a atenção de investidores internacionais; agora, o desafio é consolidar fundos locais e fazer com que os empreendedores de sucesso reinvestam em novas startups. Esse será o ponto em que o crescimento se tornará autossustentável”.