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“Variado e com futuro”: o que os jurados internacionais viram sobre a produção audiovisual uruguaia no DETOUR
Com o apoio da Uruguay XXI, Josep Prim Armengol e Claudia Bertolino participaram do festival e destacaram a qualidade e diversidade do curta-metragem uruguaio e sua projeção nos circuitos globais.
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Na 13ª edição do Festival de Cinema Novo DETOUR, os jurados convidados pela Uruguay XXI — o distribuidor espanhol Josep Prim Armengol (Marvin&Wayne) e a distribuidora e agente de vendas argentina Claudia Bertolino (AMASHORT) — deixaram um testemunho em primeira pessoa sobre o presente do cinema uruguaio.
Ambos concordaram com a maturidade e diversidade do curta-metragem local e com a energia de uma nova geração de cineastas que promete futuro. Josep Prim chegou de Barcelona com uma curiosidade profissional: queria ver de perto o cinema que se faz no Uruguai. Depois de assistir a dezenas de curtas-metragens, sua conclusão foi contundente. “A qualidade é muito boa. Vi obras no mesmo nível de outros países”, afirmou. O que mais lhe chamou a atenção foi a amplitude do panorama: “Aceitei ser jurado justamente para conhecer melhor o cinema uruguaio. Em poucos dias, pude ter uma imagem ampla e diversificada do curta-metragem local”. Ele não encontrou uma fórmula repetida nem uma estética dominante, mas sim uma variedade de vozes e narrativas.
“Não há uma linha única; as histórias são muito diferentes entre si”, observou. Essa diversidade, explicou, é um ponto forte para a projeção internacional, desde que acompanhada de estratégia. Para Prim, o talento precisa de um plano: “Muitos festivais exigem estreias mundiais, internacionais ou nacionais. Inscrever-se sem planejamento pode prejudicar a carreira de um curta-metragem”.
Durante sua participação nas rodas de negócios organizadas pela Uruguay XXI e Detour, ele compartilhou essa visão com jovens diretores e produtores uruguaios. “Eu dizia a eles para não desanimarem se as seleções não chegassem imediatamente. É uma questão de números: há festivais que recebem oito mil curtas para trinta vagas. Mas com uma estratégia clara e o momento certo para estrear, os projetos avançam”, contou.
Como fundador da Marvin&Wayne, distribuidora especializada em curtas-metragens com presença global, Prim valoriza o contato direto com as produções desde seus estágios iniciais. “Todos os anos renovamos nosso catálogo e procuramos filmes desde a pós-produção. Temos interesse em conhecer os realizadores desde o início, ver como eles trabalham. Por isso é importante estar presente em festivais como o DETOUR”, acrescentou.
Do outro lado do júri, Claudia Bertolino também chegou a Montevidéu a convite da Uruguay XXI. À frente da AMASHORT, sua empresa distribuidora de curtas e documentários, ela foi responsável por avaliar a categoria estudantil do festival e participar das reuniões com os cineastas. “O nível foi superlativo”, disse ela. “Fiquei impressionada com a maturidade das histórias e a variedade de abordagens”.

Em sua opinião, o valor do concurso reside na visão que promove. “O festival premia a visão do diretor, não a perfeição técnica. Houve muita originalidade na forma como as histórias foram contadas e filmadas”, disse ela. Bertolino também destacou uma mudança que lhe pareceu significativa: “Vi muitas equipes compostas por mulheres, inclusive equipes inteiras de mulheres em áreas técnicas e criativas. Isso está crescendo e é perceptível”.
Convencida de que o futuro do audiovisual se gesta nas salas de aula, a jurada ressaltou a importância do viveiro que o DETOUR alimenta. “Na indústria internacional, as escolas de cinema são muito valorizadas. No Uruguai, vi salas cheias, mentorias com escolas do interior e jovens viajando para mostrar seus curtas. Isso é um diferencial”, observou.
Com base em sua experiência no mercado, Bertolino também percebe uma tendência que favorece a expansão: “Cada vez mais projetos uruguaios se associam à Bélgica, Alemanha, França ou Espanha. Essa vertente internacional ajuda a vender e a posicionar. Quando os temas são locais, mas universais, eles conectam em qualquer lugar”.
A produtora saiu do festival com uma sensação otimista. “Há talento e há volume. Fiquei com reuniões pendentes e títulos para acompanhar online. Quero montar um pacote de filmes uruguaios para sair vendendo”, confessou.
Os sinais da 13ª edição do Deotur
O júri do qual Prim fez parte confirmou a amplitude dos registros do cinema uruguaio. Os principais prêmios foram para Buenos modales (Lucía Carmela), vencedor do Prêmio Clermont-Ferrand; Más que el mar (Marindia), reconhecido como Melhor Curta Oficial; e Soy una lesbiana de este país (Rocío Llambí), que obteve o Prêmio Experimental.
No campo estudantil avaliado por Bertolino, a base mostrou sua força: Volver a Brasil (Carolina Mejía Balestié) ganhou o primeiro prêmio terciário; Del otro lado de la zanahoria (Camila Sande), o segundo; e Compendio (Sol Fernández-Prada), o prêmio máximo na categoria secundária.
Pontes que aproximam a indústria
A Uruguay XXI convidou jurados que também são distribuidores internacionais, combinando assim a promoção cultural com o apoio à exportação. Prim e Bertolino não apenas deliberaram sobre os prêmios, mas também aconselharam os cineastas locais e abriram canais para que suas obras encontrem novas telas.
“Já temos contato direto com produtoras e diretores daqui e estamos interessados em ver seus próximos projetos desde o início”, adiantou Prim. Bertolino concordou com o diagnóstico: “O que está acontecendo no documentário uruguaio é muito forte. Se as histórias íntimas continuarem abordando temas universais e se for planejada uma rota internacional, o Uruguai estará no caminho certo”.
Com treze edições e mais de seiscentas obras uruguaias exibidas, o DETOUR reafirma seu lugar como ponto de encontro entre criação e oportunidade. Com júris que assistem, aconselham e conectam, a Uruguay XXI colabora com o Detour para a expansão da obra uruguaia para os mercados internacionais.