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A literatura uruguaia chega à Feira do Livro de Guadalajara
A Uruguay XXI promove o Programa IDA e os talentos literários distinguidos nos Prêmios Bartolomé Hidalgo na maior plataforma editorial da Ibero-América
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A Feira Internacional do Livro de Guadalajara é o grande ponto de encontro da indústria do livro em língua espanhola. Durante nove dias, com três jornadas dedicadas exclusivamente aos negócios editoriais, reúne leitores, editoras, agentes, autores e profissionais de toda a Ibero-América.
Nesse contexto, o Uruguai reforça sua estratégia de internacionalização com uma participação renovada no Salão de Direitos, área onde se concentram as negociações de compra e venda de direitos e um dos principais motores da circulação global de conteúdos literários.
Lá, a Uruguay XXI divulgará o Programa IDA de Tradução, que oferece fundos não reembolsáveis a editoras estrangeiras interessadas em traduzir obras de autores uruguaios. O programa, desenvolvido em conjunto com a Direção Nacional de Cultura e batizado em homenagem a Ida Vitale, visa ampliar o alcance internacional da literatura uruguaia e fortalecer sua presença em novos idiomas e mercados. Vitale, poeta, crítica literária, ensaísta e tradutora, é uma das vozes mais influentes da literatura uruguaia contemporânea. Prêmio Cervantes 2018, entre muitos outros reconhecimentos internacionais, ela representa a projeção global da poesia uruguaia e o diálogo entre culturas que o Uruguai busca promover por meio da tradução.
Como parte dessa estratégia, o Uruguai apresentará em Guadalajara um catálogo com as obras distinguidas nos Prêmios Bartolomé Hidalgo, um dos prêmios literários mais relevantes do país. Entregues desde 1988 pela Câmara Uruguaia do Livro, os Bartolomé Hidalgo reconhecem anualmente o que há de mais destacado na produção editorial uruguaia em vários gêneros — narrativa, poesia, história, ensaio, crônica jornalística, literatura infantil, romance gráfico, entre outros — e se tornaram um indicador de qualidade e atualidade para o setor.
O catálogo que o Uruguai levará a Guadalajara reúne as obras finalistas e vencedoras da última edição dos prêmios, realizada em outubro de 2025 na Feira Internacional do Livro de Montevidéu. Nele figuram títulos como Sobre esta tierra, de Lalo Barrubia (Narrativa); Cordón Soho, de Natalia Mardero e Lucía Álvarez (Relato Gráfico); Un mar en madrugada, de Silvia Guerra (Poesia); e Ganar la guerra, de Magdalena Broquetas (História), entre muitos outros. A seleção funciona como uma carta de apresentação contemporânea do país literário e como uma ferramenta concreta para negociar direitos com editoras internacionais.
Um prelúdio fundamental: a visita editorial internacional a Montevidéu
A presença do Uruguai em Guadalajara se nutre de um antecedente fundamental ocorrido semanas antes: a missão editorial internacional que a Uruguay XXI organizou em Montevidéu durante o mês de setembro. Nesse período, a cidade se ofereceu como um livro aberto para Santiago Tobón, da Sexto Piso (México-Espanha), e Sandro Aloisio, do Grupo Escala (Brasil), que percorreram cenários históricos e contemporâneos da vida literária uruguaia.
“Queríamos que eles conhecessem não apenas os editores, autores e ilustradores de hoje, mas também a história viva por trás deles: os lugares onde nossas letras foram forjadas”, explicou Omaira Rodríguez, especialista em Promoção de Indústrias Criativas na Uruguay XXI e guia do passeio.
A missão combinou reuniões profissionais com um itinerário cultural que passou pela Academia Nacional de Letras — na casa de Julio Herrera y Reissig —, pela Casa de Susana Soca, pelo Museu Zorrilla, pela Fundação Mario Benedetti e pelas mesas do Café Brasilero, onde ressoaram as vozes de Onetti, Vilariño, Galeano e outros referentes. Cada parada mostrou um fragmento da trama que sustenta há mais de um século a singularidade das letras uruguaias.
Para Tobón, a experiência foi “um percurso fascinante” que permitiu compreender o diálogo entre tradição e contemporaneidade; para Aloisio, significou “uma imersão fundamental” e uma oportunidade para repensar a circulação regional: “Temos uma dívida cultural entre nossos povos. Precisamos olhar mais para aqueles que estão próximos”.
Leia aqui Uma viagem pela literatura uruguaia: os editores que leram Montevidéu como um livro
O cenário atual, com editoras independentes dinâmicas, ilustradores de prestígio e novas vozes em plena expansão, confirmou para ambos os visitantes o potencial do ecossistema uruguaio. “A efervescência que existe no Uruguai não é comum em outros países”, observou Tobón.
Em março, como parte desta missão, Carolina Orloff, da Charco Press, chegará a Montevidéu. A editora também se reunirá com editoras, autores e ilustradores uruguaios.
Um setor que se projeta para o mundo
Esse mapa de produção literária sólida, uma história rica e reconhecida, um presente criativo diversificado e um compromisso institucional com sua internacionalização é o que o Uruguai leva ao Salão de Direitos da FIL Guadalajara. O Programa IDA, combinado com a apresentação do catálogo dos Prêmios Bartolomé Hidalgo, articula uma estratégia que visa favorecer a aquisição de direitos autorais uruguaios, promover traduções e reforçar laços com editores da região e do resto do mundo.