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Um encerramento marcante para o Uruguai na FIL Guadalajara: traduções, acordos e um prêmio histórico
A apresentação do Programa IDA, o catálogo dos Prêmios Bartolomé Hidalgo, uma agenda intensa de reuniões com editores e o Prêmio Sor Juana Inés de la Cruz para Fernanda Trías marcaram a participação uruguaia na principal feira editorial da Ibero-América
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A presença do Uruguai na Feira Internacional do Livro de Guadalajara (FIL) gerou avanços concretos para a projeção internacional da literatura nacional. No Salão de Direitos — o principal espaço de negociação de direitos autorais da FIL —, a Uruguay XXI apresentou o Programa IDA de Tradução e divulgou o catálogo das obras distinguidas pelos Prêmios Bartolomé Hidalgo, instrumentos que despertaram grande interesse entre editores e agentes focados em traduções.
Durante os dias dedicados às rodadas de negócios, Omaira Rodríguez, especialista da Uruguay XXI, realizou quinze reuniões com representantes de editoras europeias e latino-americanas. O catálogo Bartolomé Hidalgo — que reúne finalistas e vencedores em narrativa, poesia, ensaio, crônica, literatura infantil e graphic novel — ofereceu um retrato atualizado do ecossistema literário uruguaio e serviu como ponto de partida para discutir possíveis projetos de tradução.
O interesse pelos títulos apresentados veio acompanhado de consultas sobre o funcionamento do Programa IDA, seu alcance e as condições de candidatura para editoras estrangeiras.
Presença institucional no estande do Uruguai
Além das atividades no espaço de negócios, o Uruguai contou com um estande nacional, coordenado pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) e pela Câmara Uruguaia do Livro. O espaço recebeu os convidados desta edição: os escritores Eugenia Ladra e Diego Recoba, o quadrinista Nicolás Peruzzo e o ilustrador Jorge Mato (ca_teter).
O Programa IDA na perspectiva de um editor internacional
Entre os profissionais presentes na FIL, o colombiano Guillermo Camacho, diretor da editora Aurora Boreal (Dinamarca), destacou o papel decisivo do Programa IDA na ampliação da presença de autores uruguaios no mercado dinamarquês. Com apoio do programa, a editora publicou obras de Fernanda Trías e Mauricio Rosencof.
“Traduzir na Dinamarca é muito caro, e as vendas são baixas devido ao sistema de bibliotecas. Sem apoios como o Programa IDA, teria sido impossível continuar. Esses fundos tornam viável levar autores latino-americanos aos leitores dinamarqueses”, afirmou.
Camacho, que atua com dezesseis programas internacionais de tradução, ressaltou ainda a eficiência do programa uruguaio:
“É um dos programas mais ágeis e claros. A inscrição é simples, os links funcionam e a resposta chega dentro do prazo.”
A Aurora Boreal incorporou autores uruguaios como parte de uma estratégia para reativar o interesse pela literatura latino-americana na Dinamarca, onde a tradução de obras da região diminuiu nas últimas décadas. A editora iniciou com Mugre rosa e La azotea, de Fernanda Trías, e agora trabalha na tradução de La furia de los montes, prevista para 2026 ou 2027.
Essas traduções somam-se ao conjunto de obras de Trías que já circularam internacionalmente com apoio do IDA.
Um reconhecimento que marcou a presença uruguaia na FIL
A edição de 2025 da FIL Guadalajara foi marcada por um momento histórico para a literatura uruguaia. Fernanda Trías recebeu novamente o Prêmio Sor Juana Inés de la Cruz, um dos mais prestigiados concedidos pela feira à melhor obra de ficção escrita por uma mulher em língua espanhola.
A autora foi premiada por El monte de las furias, consolidando-se como uma das vozes mais relevantes da literatura hispano-americana contemporânea. Com esta distinção, Trías tornou-se a segunda escritora a vencer o prêmio duas vezes — ela já havia sido reconhecida em 2021 por Mugre rosa —, feito até então alcançado apenas pela mexicana Cristina Rivera Garza.
A cerimônia de premiação contou com a presença do embaixador do Uruguai no México, Santiago Wins Arnabal, que acompanhou a autora.

O reconhecimento reforça a qualidade de sua obra e a continuidade de uma trajetória internacional apoiada por traduções impulsionadas pelo Programa IDA, incluindo La azotea (inglês e dinamarquês), Mugre rosa (português, italiano e sueco) e El monte de las furias (português, seleção 2025).
Uma participação que consolida uma estratégia
Entre reuniões profissionais, a divulgação do catálogo Bartolomé Hidalgo, o interesse crescente pelo Programa IDA e o reconhecimento a Fernanda Trías, a participação do Uruguai na FIL Guadalajara permitiu fortalecer vínculos e abrir novas oportunidades de circulação internacional.
A combinação entre produção literária de qualidade, ferramentas institucionais de apoio e presença nos principais espaços de negociação do setor editorial reforça uma estratégia que segue ampliando o alcance da literatura uruguaia em novos mercados.