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Uruguai avança rumo a um ambiente regulamentado e competitivo para a indústria de criptomoedas
Na Blockchain Summit Global, referências do ecossistema jurídico e financeiro discutiram os avanços normativos que consolidam o Uruguai como um centro atraente para empresas de ativos virtuais
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A Uruguay XXI apoiou a realização da sétima edição do Blockchain Summit Global, um dos principais eventos sobre tecnologias blockchain, Web3 e criptomoedas da América Latina. O evento, que reuniu mais de 60 expositores nacionais e internacionais e uma agenda repleta de painéis, workshops e espaços de networking, reafirmou o lugar do país como protagonista no desenvolvimento tecnológico da região.
Um dos pontos mais destacados foi o painel “Regulação Criptográfica em Evolução: No Uruguai e na região... avanços do que está por vir”, moderado pela advogada especialista em conformidade e riscos Paula Rodríguez Medalla. Participaram referências importantes como Patricia Tudisco, do Banco Central do Uruguai (BCU); Mariela Ruanova, da Dentons Jiménez de Aréchaga; Juan Diana, da Brum Costa Abogados; e José María Nicola, da Guyer & Regules. A conversa permitiu dimensionar o momento crucial pelo qual passa o ecossistema criptográfico local e regional, tanto para empresas que desejam se instalar no país quanto para aquelas que já exportam soluções tecnológicas baseadas em blockchain.
Um marco legal em evolução
Os especialistas concordaram que o Uruguai se encontra em uma fase de amadurecimento regulatório, com avanços significativos, como a recente modificação da Carta Orgânica do BCU, que introduz a figura do Provedor de Serviços de Ativos Virtuais (PSAV). Embora a regulamentação secundária ainda esteja em elaboração, o Banco Central anunciou que o novo marco normativo será publicado em agosto e que foi elaborado com base em princípios fundamentais, como a proteção do consumidor financeiro, a prevenção da lavagem de ativos e a coerência com os padrões internacionais.
Essa abordagem, apontaram os palestrantes, oferece segurança jurídica progressiva e acompanha o ritmo da inovação sem reprimi-la, o que torna o Uruguai um local particularmente atraente para startups e empresas de tecnologia financeira global.
A existência de regras claras — e o compromisso institucional de que elas evoluam com agilidade — é um ativo valorizado por fundos de investimento e empresas de tecnologia que buscam estabelecer operações na América Latina a partir de um ambiente previsível, transparente e estável.
Um dos temas que também ganhou destaque no evento foi o boom das stablecoins, especialmente a partir da análise do projeto de lei Genius Act dos Estados Unidos, que busca estabelecer um marco legal para esse tipo de ativo digital lastreado em moeda fiduciária. No Uruguai, o Banco Central já sinalizou que as stablecoins que cumprem certos requisitos — como ser 100% lastreadas por moeda fiduciária — poderiam ser consideradas dinheiro eletrônico, habilitando sua emissão sob licenças regulamentadas.
A inteligência artificial foi outro dos eixos destacados na Blockchain Summit Global, com vários painéis que abordaram desde os riscos associados à proteção de dados até as oportunidades de crescimento para as empresas uruguaias.
Em uma das palestras, líderes de empresas como Zapia, Infuy, Coorva e Eidos compartilharam como estão integrando a IA em seus produtos e serviços exportáveis, desde assistentes personalizados até soluções industriais e pesquisa aplicada. Eles concordaram que o Uruguai conta com talento técnico competitivo em escala global, mas alertaram que é necessário acelerar a formação em IA e reforçar a infraestrutura para manter a competitividade. Além disso, foi destacado a importância de usar modelos abertos, garantir a soberania dos dados e adaptar a adoção tecnológica a cada contexto, mostrando uma abordagem estratégica e ética para o desenvolvimento dessa tecnologia a partir do sul.
Uma nova institucionalidade para o ecossistema blockchain
Paralelamente ao programa central do evento, a Cúpula também serviu como plataforma para a apresentação oficial da nova Câmara Blockchain do Uruguai, um ator que busca se consolidar como articulador-chave entre o setor privado, o Estado e a comunidade tecnológica. Em sua declaração institucional, a Câmara expressa sua missão de “impulsionar o crescimento e a adoção da blockchain no Uruguai, conectando empresas, startups, reguladores e especialistas para fortalecer a inovação, a educação e o desenvolvimento de um ecossistema descentralizado e sustentável”.