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Uruguai – Canadá: a aliança estratégica que cresce a partir da confiança
Em um encontro repleto de participantes, empresas tecnológicas uruguaias compartilharam suas experiências com o ecossistema tecnológico do Canadá
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Uma ponte digital entre o Uruguai e o Canadá se consolida por meio de experiências concretas, valores compartilhados e um objetivo comum: potencializar a inovação em ambos os lados do continente. Isso ficou claro no Uruguay–Canadá Tech Connect, um evento realizado no Cubo Itaú e organizado pela Embaixada do Canadá no Uruguai, Uruguay XXI e CUTI, que reafirmou o valor da colaboração público-privada e a complementaridade entre dois ecossistemas inovadores.
O encontro reuniu referências da indústria de TIC, autoridades diplomáticas e representantes institucionais com uma mensagem unívoca: o Canadá é uma oportunidade para o Uruguai e o Uruguai é uma oportunidade para o Canadá.
O vice-diretor executivo da Uruguay XXI, Martín Mercado, destacou a relevância estratégica do encontro. “Trabalhamos com o Canadá desde 2019, quando participamos pela primeira vez do Collision. Desde então, o esforço público-privado nos representa e nos fortalece. Hoje, este evento faz parte desse caminho”, indicou.
Em sua intervenção, ele destacou que “o Uruguai exporta cerca de 1% de seus serviços TIC para o Canadá, mas acreditamos que isso pode crescer significativamente. Há um compromisso, juntamente com a embaixadora, de gerar mais atividades para este mercado”, expressou.
A Uruguay XXI tem liderado uma política ativa de internacionalização do ecossistema tecnológico, que em 2025 teve um de seus marcos com a participação da primeira edição da Web Summit Vancouver, com uma delegação de 15 empresas uruguaias. Essa presença — articulada com a CUTI, a Embaixada do Canadá e atores estratégicos — permitiu posicionar o Uruguai como um parceiro confiável para a inovação e o investimento.
Por sua vez, o presidente da CUTI, Amílcar Perea, comemorou a convocatória e o apoio canadense ao setor. “Nossa indústria é nosso povo e os mercados que conquistamos. O Canadá tem sido um aliado permanente que acompanha nossas missões e reconhece o talento que temos. Os investimentos de empresas canadenses no Uruguai mostram o que somos capazes de oferecer”, sintetizou.
A embaixadora do Canadá no Uruguai, Carmen Sorger, revisou os pilares desta aliança: “Este ano celebramos 77 anos de amizade entre nossos países. Compartilhamos valores como democracia, inclusão e sustentabilidade, e isso também orienta nossa visão de um futuro digital mais justo e próspero. O Canadá é líder em tecnologias como inteligência artificial, computação quântica e IoT, e queremos continuar crescendo em colaboração com o Uruguai”, disse ela. Além disso, destacou que “a tecnologia não conecta apenas dispositivos, mas também pessoas, ideias e valores”, ao mesmo tempo em que elogiou a colaboração com o Uruguay XXI em eventos internacionais importantes.
Da perspectiva canadense, o Uruguai se destaca como um parceiro estratégico confiável na região, reconhecido por sua estabilidade, talento e valores compartilhados. Essa percepção internacional reforça o posicionamento do Uruguai como o hub de negócios e inovação nº 1 na América Latina.
Histórias que inspiram
O painel de empresas uruguaias com presença ou vínculos comerciais no Canadá ilustrou a variedade de caminhos possíveis. Ana Inés Echevarren, CEO da InfoCorp e secretária-geral da CUTI, relatou a aquisição de sua empresa pelo grupo canadense Constellation em 2020. “Foi a primeira empresa que eles compraram na América Latina, escolheram o Uruguai pelo talento, pelos bons produtos e pela estabilidade. Desde então, crescemos não apenas em receita. Eles nos tornaram melhores”, disse ela.
De outra perspectiva, José Gazzano, CEO e cofundador da Seta Workshop, compartilhou um processo mais orgânico. “Não queríamos vender no Canadá, mas as oportunidades surgiram por recomendações dentro de equipes binacionais”, disse ele, acrescentando que o que vendem é confiança. “O relacionamento interpessoal, a transparência e a flexibilidade são fundamentais. Nós nos colocamos na linha de frente com nossos clientes”, completou.
Na mesma linha, Diego Castiglioni, CEO e cofundador da Sunshift, contou como a viagem à Collision em Toronto foi um ponto de inflexão. “Nosso primeiro cliente canadense chegou por indicação e coincidiu com nossa viagem à Collision. Lá, muitas portas se abriram para nós. Desde então, voltamos à Web Summit em Vancouver. Os eventos paralelos nos permitiram conhecer pessoas e gerar relacionamentos valiosos”. Na sua opinião, o fundamental é “se preparar muito bem, ter reuniões agendadas, mas também ir com a mente aberta para o inesperado”.
Produto, talento e cultura
Questionada sobre o que os investidores canadenses procuram no Uruguai, Echevarren foi clara: “Eles procuram produtos, não apenas serviços. Na CUTI, promovemos a transformação da matriz produtiva”. Gazzano complementou: “No início, ninguém pensa no Canadá, todos pensam nos Estados Unidos, mas quando você trabalha com canadenses e tudo funciona, você começa a se concentrar neles”.
Em todos os casos, as experiências demonstraram que a proximidade cultural, a complementaridade de valores e a qualidade do talento são elementos diferenciadores.