Goland realiza a primeira exportação de alimentos à base de sementes de cânhamo para a Argentina e consolida sua expansão regional

A empresa uruguaia tornou-se a primeira da América Latina a introduzir esse tipo de produto no país vizinho. A operação reforça o papel do Uruguai como referência no desenvolvimento produtivo e industrial do cânhamo
Data de publicação: 03/07/2025
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Em um passo decisivo para posicionar o cânhamo como ingrediente de alto valor na indústria alimentícia, a empresa uruguaia Goland concretizou sua primeira exportação para a Argentina. Com essa operação, que incluiu 2.500 unidades de proteína, óleo e sementes de cânhamo descascadas, a Goland torna-se a primeira empresa a introduzir produtos elaborados com essa matéria-prima no mercado argentino.

“Estamos marcando um antes e um depois na indústria alimentícia da região”, afirmou Andrés Sosa, CEO da Goland. A empresa, que já comercializa seus produtos nos Estados Unidos através da Amazon, reforçou com essa ação sua estratégia de expansão internacional, com presença em três mercados do continente.

Fundada em 2020 com o propósito de desenvolver uma nova matriz alimentar no Uruguai, a Goland promove um modelo de triplo impacto que integra sustentabilidade ambiental, bem-estar social e geração de empregos de qualidade. Desde o início, a empresa apostou em fechar o ciclo produtivo localmente, evitando exportar apenas matéria-prima e buscando alcançar o consumidor final. Para isso, firmou alianças estratégicas com a Universidad Católica del Uruguay — onde iniciou a validação de processos no laboratório de alimentos — e consolidou uma planta industrial em Canelones especialmente adaptada para esse tipo de produção.

“O desafio era desenvolver tudo do zero: o cultivo, o processo industrial e o modelo comercial. Fomos construindo esse caminho passo a passo”, explicou Sosa. Entre seus principais produtos estão inovações inéditas na América Latina, como um café com proteína de cânhamo e uma bebida vegetal, entre outros.

O processo de exportação para a Argentina exigiu enfrentar diversos desafios regulatórios e técnicos. “Tivemos que ajustar processos e rotulagens, e alinhar tudo com as exigências do novo mercado”, detalhou o CEO. A empresa contou com o apoio essencial de atores institucionais como a Uruguay XXI, a Intendência de Canelones, o LATU, a ANII e a Câmara de Indústrias do Uruguai.

Nesse caminho, o acompanhamento da Uruguay XXI foi um fator importante. “O valor humano, a proximidade e a visão estratégica da equipe foram essenciais para que empresas como a nossa possam levar a bandeira do Uruguai ao mundo com inovação e qualidade”, destacou.

A Goland é uma das primeiras empresas uruguaias a transformar o potencial do cânhamo em uma proposta concreta de inovação alimentar. Sua trajetória reflete o valor de um ecossistema que aposta na sustentabilidade, na pesquisa aplicada e na abertura de novos mercados. Com visão estratégica e articulação público-privada, o Uruguai continua ampliando sua oferta exportável com produtos de alto valor agregado e se posicionando como um ator relevante em setores emergentes.


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